Klogi

terça-feira, outubro 30, 2007

Perdendo ou ganhando

Se vivêssemos no mundo do Harry Potter, eu faria dos meus papéis e dos meus números, meus procuradores no labirinto da burocracia, seres animados. Aí eles ia ficar berrando e choramingando, indignados, até torturar os malditos carimbadores, seres verdadeiramente aparentados aos dementadores*. Ó céus, ó loucura coletiva!

* por sinal, para quem não manja muito do Mr. Harry, os dementadores são seres que sugam a energia e a felicidade das pessoas. Percebem que beleza de comparação? Bom, mas não importa mais o naufrágio do país, os cabides de emprego, a irracionalidade, a corrupção. Afinal, ganhando ou perdendo, a Copa do Mundo é nossa!

quinta-feira, outubro 18, 2007

Internacionais

Chavez declarou a lenta, gradual e segura abolição da propriedade privada.

Bush disse que se não impedirmos o Irã de ter armas nucleares, correremos o risco de nos envolvermos na 3ª Guerra Mundial. Não especificou se ele, pessoalmente, iniciaria o conflito.

Nada de novo nesta face da terra...

Piritubanas


Ilusões coletivas
A vila Clarice sofre de mais uma esquizofrenia coletiva: depois de passar horas no telesexo, todos os moradores estão enxergando escuro. O técnico enviado pela prefeitura checou, no dia 12 de outubro às 22h, e garante que os postes estão todos acesos! Moradores da vila cogitam que o técnico seja um portador de deficiência visual total contratado pelos programas de inclusão da prefeitura.

Cultura e arte
A papelaria e bazar Baguncinha, localizada no Largo da Briga, homenageou Mondrian, artista abstrato, na pintura de sua fachada.

terça-feira, outubro 16, 2007

João e o pé de feijão

A pedidos dos leitores

O pequeno Joãozinho era um garoto extrovertido, com ótimas habilidades sociais. Ele era um cara da noite, gostava da curtição, da galera e das meninas, é claro. Era um prodígio: nem chegara à maioridade e já era o rei das baladas. Um belo sábado à noite, como deveria ser, o pequeno Joãozinho estava pronto para mais uma noite de agito. Para a tristeza do garoto, porém, o transporte até a festa estava financeiramente comprometido. Mas ele não se abateu: lembrou de todos os filmes de ação e criou o plano perfeito: (aqui entra a trilha sonora de Missão Impossível) assistiu a alguns minutos de televisão, ativou o sistema de refrigeração do quarto, montou um look irresistível às garotas, saltou a janela do quarto (que felizmente não era nos andares superiores), desativou todo e qualquer mecanismo que pudesse fazer barulho e despertar os progenitores. Escolheu o mais humilde dos carros a disposição (nacional, sedan, cor prata, ano 2007), habilmente retirou-o da garagem e desceu a rua vagarosamente, rumo ao sucesso. Nada iria impedir o nosso herói de uma belíssima noite de festa. E assim foi: pura diversão.
Como era de se esperar, a balada esteve regada a deliciosos drinks e refrescantes cervejas. No fim da madrugada, exausto de tanta curtição, o pequeno garoto despediu-se da galera, pegou o possante das mãos do manobrista e partiu para o lar. Foi acordado alguns minutos depois, babando no air bag, por três digníssimos senhores da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Se deu conta que havia rumado em alta velocidade na direção de um poste de cimento convencional. Dando-se conta dos danos impingidos ao modesto carro e da situação ilegal do seu passeio noturno, pediu aos respeitáveis guardas que chamassem um guincho. Como a generosidade era uma das maiores características deste Joãozinho, presenteou os militares com todo o dinheiro que tinha na carteira (a soma do presente é controversa). Os policiais, cuja maior qualidade foi a compreensão, auxiliaram o garoto com o maior prazer. Montado no guincho e com um capô em forma de letra vê, o carro, e o menino, voltaram para os lugares onde supostamente passaram a noite: a garagem e a cama. De acordo com estimativas oficiais, o garoto terá que pagar uma quantia mensal durante 50 anos, até pagar ao seu pai os danos da perda do veículo.

Moral da história: Não há pé de feijão que agüente tanto virtuosismo em fazer bobagem...

A música que vem do lixo

Já que o Estadão não quis, deleitem-se:

Grupo Experimental de Música (GEM) transforma lixo em arte e educação. A equipe coordenada por Fernando Sardo ensina que é possível construir instrumentos musicais a partir de materiais descartados no cotidiano.
Há quatro anos, o grupo nascido no ABC paulista desenvolve um sistema de montagem e afinação musical de objetos como garrafas plásticas, canos de PVC, latas, pedaços de madeira e bambu. O GEM oferece o conhecimento gerado pelo projeto em oficinas de criação de instrumentos musicais alternativos.
A equipe é formada por quatro músicos profissionais, Fernando Sardo, Bira Azevedo, Flávio Cruz e Luciano Lallun, além de dois artistas plásticos: Fábio Marques e Rodrigo Olivério. Eles acreditam que educação e a arte possuem poder de mudança. Flávio Cruz explica que "mesmo para quem não pretende ser artista, queremos mostrar novas possibilidades de vida". Rodrigo Olivério acrescenta: "Você olha uma lata e ela não é mais uma lata: o mundo vira um experimento."
O material coletado na rua, doado ou comprado é fixado em bancadas de madeira, gerando uma instalação musical denominada Dessintetizador. Ao todo, as três estruturas construídas medem 9 metros de comprimento e 3,5 metros de altura no ponto mais alto. As composições para este instrumento foram gravadas no ano passado, em um CD cujo título também é Dessintetizador.
Durante uma apresentação, a instalação é tocada simultaneamente pelos seis integrantes. "É surpreendente como eles tiram som do moinho de café, da roda de bicicleta. Muito inteligente", elogia José Gonçalo, 54 anos, após um concerto do grupo no Sesc Campinas, realizado na última sexta-feira, 25 de maio.
Músicos, crianças, idosos e funcionários de grandes empresas já participaram das oficinas de criação de instrumentos musicais, cujo foco é o desenvolvimento da cooperação, da criatividade, da sensibilidade musical e da consciência ecológica. "Não adianta fazer arte sem pensar no planeta", defende Flávio Cruz.
Os alunos são estimulados a reutilizar ou reciclar os materiais empregados na construção de seus instrumentos. Flávio estima que quase cinco mil pessoas já passaram pelas oficinas ministradas pelo grupo, que é financiado pela remuneração das aulas e das apresentações.

terça-feira, outubro 09, 2007

Assim caminha a civilização brasileira

Observando a política brasileira nas últimas décadas, Oscar Maroni (o "rei da zona") decide transferir a experiência administrativa do Bahamas à cidade de São Paulo. O resto das analogias fica a cargo do querido leitor.