Klogi

terça-feira, outubro 16, 2007

João e o pé de feijão

A pedidos dos leitores

O pequeno Joãozinho era um garoto extrovertido, com ótimas habilidades sociais. Ele era um cara da noite, gostava da curtição, da galera e das meninas, é claro. Era um prodígio: nem chegara à maioridade e já era o rei das baladas. Um belo sábado à noite, como deveria ser, o pequeno Joãozinho estava pronto para mais uma noite de agito. Para a tristeza do garoto, porém, o transporte até a festa estava financeiramente comprometido. Mas ele não se abateu: lembrou de todos os filmes de ação e criou o plano perfeito: (aqui entra a trilha sonora de Missão Impossível) assistiu a alguns minutos de televisão, ativou o sistema de refrigeração do quarto, montou um look irresistível às garotas, saltou a janela do quarto (que felizmente não era nos andares superiores), desativou todo e qualquer mecanismo que pudesse fazer barulho e despertar os progenitores. Escolheu o mais humilde dos carros a disposição (nacional, sedan, cor prata, ano 2007), habilmente retirou-o da garagem e desceu a rua vagarosamente, rumo ao sucesso. Nada iria impedir o nosso herói de uma belíssima noite de festa. E assim foi: pura diversão.
Como era de se esperar, a balada esteve regada a deliciosos drinks e refrescantes cervejas. No fim da madrugada, exausto de tanta curtição, o pequeno garoto despediu-se da galera, pegou o possante das mãos do manobrista e partiu para o lar. Foi acordado alguns minutos depois, babando no air bag, por três digníssimos senhores da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Se deu conta que havia rumado em alta velocidade na direção de um poste de cimento convencional. Dando-se conta dos danos impingidos ao modesto carro e da situação ilegal do seu passeio noturno, pediu aos respeitáveis guardas que chamassem um guincho. Como a generosidade era uma das maiores características deste Joãozinho, presenteou os militares com todo o dinheiro que tinha na carteira (a soma do presente é controversa). Os policiais, cuja maior qualidade foi a compreensão, auxiliaram o garoto com o maior prazer. Montado no guincho e com um capô em forma de letra vê, o carro, e o menino, voltaram para os lugares onde supostamente passaram a noite: a garagem e a cama. De acordo com estimativas oficiais, o garoto terá que pagar uma quantia mensal durante 50 anos, até pagar ao seu pai os danos da perda do veículo.

Moral da história: Não há pé de feijão que agüente tanto virtuosismo em fazer bobagem...

2 Comentários:

Blogger Brito disse...

No-no-no-no, baby, no-no-no-no, don't liiiiiie...

6:34 PM  
Blogger Brito disse...

Não que a história seja mentira. Mas é pra ilustrar a trilha sonora - além do tema de Mission: Impossible.

6:34 PM  

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