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terça-feira, outubro 16, 2007

A música que vem do lixo

Já que o Estadão não quis, deleitem-se:

Grupo Experimental de Música (GEM) transforma lixo em arte e educação. A equipe coordenada por Fernando Sardo ensina que é possível construir instrumentos musicais a partir de materiais descartados no cotidiano.
Há quatro anos, o grupo nascido no ABC paulista desenvolve um sistema de montagem e afinação musical de objetos como garrafas plásticas, canos de PVC, latas, pedaços de madeira e bambu. O GEM oferece o conhecimento gerado pelo projeto em oficinas de criação de instrumentos musicais alternativos.
A equipe é formada por quatro músicos profissionais, Fernando Sardo, Bira Azevedo, Flávio Cruz e Luciano Lallun, além de dois artistas plásticos: Fábio Marques e Rodrigo Olivério. Eles acreditam que educação e a arte possuem poder de mudança. Flávio Cruz explica que "mesmo para quem não pretende ser artista, queremos mostrar novas possibilidades de vida". Rodrigo Olivério acrescenta: "Você olha uma lata e ela não é mais uma lata: o mundo vira um experimento."
O material coletado na rua, doado ou comprado é fixado em bancadas de madeira, gerando uma instalação musical denominada Dessintetizador. Ao todo, as três estruturas construídas medem 9 metros de comprimento e 3,5 metros de altura no ponto mais alto. As composições para este instrumento foram gravadas no ano passado, em um CD cujo título também é Dessintetizador.
Durante uma apresentação, a instalação é tocada simultaneamente pelos seis integrantes. "É surpreendente como eles tiram som do moinho de café, da roda de bicicleta. Muito inteligente", elogia José Gonçalo, 54 anos, após um concerto do grupo no Sesc Campinas, realizado na última sexta-feira, 25 de maio.
Músicos, crianças, idosos e funcionários de grandes empresas já participaram das oficinas de criação de instrumentos musicais, cujo foco é o desenvolvimento da cooperação, da criatividade, da sensibilidade musical e da consciência ecológica. "Não adianta fazer arte sem pensar no planeta", defende Flávio Cruz.
Os alunos são estimulados a reutilizar ou reciclar os materiais empregados na construção de seus instrumentos. Flávio estima que quase cinco mil pessoas já passaram pelas oficinas ministradas pelo grupo, que é financiado pela remuneração das aulas e das apresentações.

1 Comentários:

Blogger andré.albert disse...

que coisa mais planeta som, keri! :-p

estou com esse cd aqui em casa no momento. é maior divertido, tem videozim no you tube tb.

10:58 PM  

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