Klogi

quarta-feira, setembro 27, 2006

Poesia matinal

"O material do poeta é a vida, só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e sublime. Seu instrumento é a palavra. Sua função é a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros com relação a tudo que existe ou é passível de existência no mundo mágico da imaginação. Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela, simples e comunicativa possível, do contrário ele não será um poeta, mas um mero lucubrador de versos"
Vinícius de Morais em "Sobre Poesia"

Despertar com as palavras do poeta, sob as árvores que choram florzinhas amarelas, calmamente... Para viver um grande amor, em prosa e versos, é uma ótima companhia para as primeiras horas de um dia longo.

terça-feira, setembro 26, 2006

Gastroenterologista

Os ácidos nunca dormem.

O eterno retorno?

"Contrastando com as diretrizes governamentais, inspiradas sempre no sentido construtivo e propulsor das atividades gerais, os quadros políticos permaneciam adstritos ao simples processo de aliciamento eleitoral. Tanto os velhos partidos, como os novos em que os velhos se transformaram sob novos rótulos, nada exprimiam ideologicamente, mantendo-se à sombra de ambições pessoais ou de predomínios localistas em torno de objetivos subalternos."
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1937 às 20h
Getúlio Vargas anuncia o Estado Novo em rede nacional de rádio

Será necessário dizer que este não é o caminho que leva à democracia?

sexta-feira, setembro 22, 2006

À nata da malandragem

A quinta sinfonia de Beethoven do Prona, irmã da Pour Elise (pobre Elise...) do caminhão de gás, é a entrada triunfal do horário político.
Click.
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O sol nasceu
No mar de Copacabana
Pra quem viveu
só de café e banana
Que orgia
Que magia
Reina a paz no meu país
Ai, meu Deus do céu
Me sinto tão feliz!
(não, não é jingle do Lula, é uma gozação do Chico pro "milagre econômico" dos militares)

enquanto a verdadeira malandragem berra, canta, dança, interpreta e sapateia no circo midiático, o patrão-operário prossegue sorrindo:

Pois eu te pagava direito
Soldo de cidadão
Punha uma medalha em teu peito
Se eu fosse o teu patrão

O tempo passava sereno
E sem reclamação
Tu nem reparava moreno
Na tua maldição

E tu só pegava veneno
Beijando a minha mão
Ódio te brotava, moreno
Ódio do teu irmão

Teu filho pegava gangrena
Raiva, peste e sezão
Cólera na tua morena
E tu não chiava não

Eu te dava café pequeno
E manteiga no pão
Depois te afagava, moreno
Como se afaga um cão

Eu sempre te dava esperança
De um futuro bão
Tu me idolatrava, criança
Se eu fosse o teu patrão

Viver e fazer um filme

O que você prefere: tomar um cafezinho ou escrever seu nome na História com letras douradas?

quinta-feira, setembro 21, 2006

Etimologia

Uma mina, dois caras, uma mesma aula de Jornalismo Online: eis que surge o Klogi (K de Keri e o resto é blog).
O Klogi nasceu de uma união promíscua e foi deixado, em um cestinho, na minha porta, chorando com mensagens tão rídículas. Mesmo depois de tê-lo adotado, tentaram retomá-lo e maltratá-lo, mas agora assumi a criação do infante.
Em uma tarde de quinta feira servida com dor de cabeça e cansaço como usual, só um recado: Mister M foi denunciado em suas falcatruas na hora H.