Klogi

sexta-feira, setembro 22, 2006

À nata da malandragem

A quinta sinfonia de Beethoven do Prona, irmã da Pour Elise (pobre Elise...) do caminhão de gás, é a entrada triunfal do horário político.
Click.
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O sol nasceu
No mar de Copacabana
Pra quem viveu
só de café e banana
Que orgia
Que magia
Reina a paz no meu país
Ai, meu Deus do céu
Me sinto tão feliz!
(não, não é jingle do Lula, é uma gozação do Chico pro "milagre econômico" dos militares)

enquanto a verdadeira malandragem berra, canta, dança, interpreta e sapateia no circo midiático, o patrão-operário prossegue sorrindo:

Pois eu te pagava direito
Soldo de cidadão
Punha uma medalha em teu peito
Se eu fosse o teu patrão

O tempo passava sereno
E sem reclamação
Tu nem reparava moreno
Na tua maldição

E tu só pegava veneno
Beijando a minha mão
Ódio te brotava, moreno
Ódio do teu irmão

Teu filho pegava gangrena
Raiva, peste e sezão
Cólera na tua morena
E tu não chiava não

Eu te dava café pequeno
E manteiga no pão
Depois te afagava, moreno
Como se afaga um cão

Eu sempre te dava esperança
De um futuro bão
Tu me idolatrava, criança
Se eu fosse o teu patrão

4 Comentários:

Blogger Brito disse...

nheh,
tava demorando...

:P

2:54 PM  
Blogger Caroline Carrion disse...

Hei muchacha!!! Eu tava ouvindo essa musica ontem!
Ah, bem vinda ao mundo dos blogs!
Estou com muita saudade...
Beijos

6:23 AM  
Anonymous Anônimo disse...

...

Feitiço contra o Feiticeiro. Todas as boas intenções nesse país são deturpadas. Cria-se um blog de brincadeira, não dá nem três dias e já começa a xuxar Chico Buarque nos desavisados...

1:11 PM  
Blogger Brito disse...

Faço coro, Marcelo!

2:52 PM  

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