À nata da malandragem
A quinta sinfonia de Beethoven do Prona, irmã da Pour Elise (pobre Elise...) do caminhão de gás, é a entrada triunfal do horário político.
Click.
Play.
O sol nasceu
No mar de Copacabana
Pra quem viveu
só de café e banana
Que orgia
Que magia
Reina a paz no meu país
Ai, meu Deus do céu
Me sinto tão feliz!
(não, não é jingle do Lula, é uma gozação do Chico pro "milagre econômico" dos militares)
enquanto a verdadeira malandragem berra, canta, dança, interpreta e sapateia no circo midiático, o patrão-operário prossegue sorrindo:
Pois eu te pagava direito
Soldo de cidadão
Punha uma medalha em teu peito
Se eu fosse o teu patrão
O tempo passava sereno
E sem reclamação
Tu nem reparava moreno
Na tua maldição
E tu só pegava veneno
Beijando a minha mão
Ódio te brotava, moreno
Ódio do teu irmão
Teu filho pegava gangrena
Raiva, peste e sezão
Cólera na tua morena
E tu não chiava não
Eu te dava café pequeno
E manteiga no pão
Depois te afagava, moreno
Como se afaga um cão
Eu sempre te dava esperança
De um futuro bão
Tu me idolatrava, criança
Se eu fosse o teu patrão
4 Comentários:
nheh,
tava demorando...
:P
Hei muchacha!!! Eu tava ouvindo essa musica ontem!
Ah, bem vinda ao mundo dos blogs!
Estou com muita saudade...
Beijos
...
Feitiço contra o Feiticeiro. Todas as boas intenções nesse país são deturpadas. Cria-se um blog de brincadeira, não dá nem três dias e já começa a xuxar Chico Buarque nos desavisados...
Faço coro, Marcelo!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial