Aleijadinho
Nada como ver as obras o mestre Antônio Francisco Lisboa, uma dos maiores artistas do Brasil. Na madeira e na pedra sabão ele encarnava a a dor, o arrebatamento, a explosão da fé, em resumo, tudo aquilo que nos torna humanos. Com o coração aberto, as esculturas são capazes de arrancar lágrimas. Triste mesmo porém é saber, em um pequeno quadrinho ao final da exposição, que além de carregar a doença e o estigma, o grande mestre morreu na miséria. E nós, com o riso sarcástico e ácido, perpetuamos a desgraça do gênio com o apelido maldito, ensinado às crianças, repetido à exaustão: Aleijadinho.
1 Comentários:
So did Van Gogh. Mas a lista brasileira é maior.
Salientar a hansieníase do Antônio Lisboa com "Aleijadinho" é coisa de brasileiro (em Pereira, o rouco é "Fala-grossa", o fanho é "Gaguinho" e o Garcia é "Brito"), mas, por outro lado, o elogia. "Tá vendo, filinho, ele mal tinha as mãos e conseguia fazer tudo isso..."
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